“Um amor, mil dilemas”: Capítulo 3 – A mensagem

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Capítulo 3 – A mensagem

No momento em que vi João na porta da sala, senti um aperto imenso. Quase no mesmo instante, nossos olhares se cruzaram, porém essa troca de olhares não durou muito – João logo desviou o olhar, provavelmente em busca de uma nova dupla.
– Marina? – Chamou Caio, me tirando do transe em que eu me encontrava.  
– Sim?
– O que você viu na porta? – Ele riu.
– Nada – sorri nervosa – Por que? 
– Parecia que você estava até longe daqui.
“Droga”, pensei. Ele percebeu. Será que mais alguém percebeu? No momento eu que eu iria responder, fui interrompida – ainda bem – pela professora Sônia.
– Turma, sei que a conversa está ótima, mas precisamos falar sobre o planejamento para esse ano.

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– Então, é isso. Esse é o lugar que você vai passar seu ensino médio. Espero que tenha gostado! – sorri de canto.
– Gostei sim, principalmente da minha dupla!
– Bobo! – senti meu rosto corar – Preciso ir pra casa. Até amanhã, Caio! – Acenei e logo me afastei, tudo o que eu desejava era voltar pra casa. Eu precisava pensar em tudo o que estava acontecendo e aceitar que perdi meu melhor amigo.

O primeiro dia de aula passou devagar, afinal, secretamente eu esperava que o João falasse comigo e isso não aconteceu. Eu já deveria ter aprendido, como ele sempre costumava dizer: “Não crie expectativas, Ma”. Eu sempre fui do tipo que cria cenas na cabeça e espera que todos que estão à minha volta sigam o roteiro. Mas, a vida não é assim. As coisas simplesmente acontecem, não dá pra controlar o que vai acontecer e nem quando vai acontecer, e eu tenho consciência que se fosse assim, não teria graça, afinal, o sinônimo de viver é surpreender-se. Nem todas as “surpresas” que a vida nos traz são boas, existem as ruins também e essas são as que costumam nos trazer aprendizado ou como minha mãe costuma dizer: experiência.

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O relógio denunciava que eram apenas 5h53 da manhã quando meu celular vibrou. Mensagem tão cedo? Só podia ser a operadora, mas a minha curiosidade me obrigou a checar e era ele. Estava escrito com todas as letras “João Pedro” na tela do meu celular. Rapidamente, eu regalei os olhos sem saber se aquilo era um sonho ou se era real e então, abri a mensagem:
“Posso passar aí pra irmos juntos pra escola? Precisamos conversar.”
“Pode! Que horas você vem?” Respondi e em menos de alguns minutos, obtive uma resposta.
“6h40 eu estou aí. Até logo.”
Depois de tanto tempo, vou conversar com o João. O que será que ele tem a dizer? Antes era normal vê-lo todos os dias, era normal irmos juntos para a escola, mas agora, eu estou nervosa e com frio na barriga.
Enquanto me arrumava, eu afirmava pra mim: “Calma, Marina. É só o João. O seu melhor amigo que gosta de você. Ou gostava, né? E vocês não se falam mais, por isso. Mas, calma. Vai dar tudo certo.”

Desculpa a demora para atualizar, amores! Como será esse encontro da Marina com o João?! Aguardem no próximo capítulo.

 

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